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E de repente, já nos 30...



Domingo, 13.02.11

Acho piada...

... quando associam a baixa natalidade, em Portugal, à crise, como se a segunda fosse causa da primeira.

 

É que o que a evolução da humanidade tem demonstrado é que a melhoria das condições de vida diminui o número de filhos e não o oposto. A capacidade monetária permite sonhar mais alto, desejar mais e seguir caminhos diferentes enquanto que a sua falta limita as escolhas, diminui horizontes e restringe a capacidade de ter outra vida que não a de familia.

 

Não acho que haja qualquer problema na diminuição da natalidade, desde que haja uma adaptação social à nova realidade - que acredito ser a realidade futura de toda a humanidade. É que, parece-me que, a vidinha em Portugal (ou em qualquer país com taxa de natalidade baixa) é melhorzita do que no Bangladesh, onde a taxa de natalidade é bem maior.

 

 

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por Sayuri às 20:23


1 comentário

De Strategos a 14.02.2011 às 18:05

Indubitavelmente correcto. A questão é fundamentalmente em relação à curva demográfica e aos custos da mesma. As pirâmides demográficas dos países desenvolvidos, graças a melhor qualidade de vida, têm mais idosos e menos crianças. E isto implica 2 coisas: Os que vão entrar no mercado de trabalho não irão conseguir pagar as reformas dos que saíram, e os custos com a saúde (pagos fundamentalmente pela Segurança Social, porque os sub-sistemas não são, nem de perto nem de longe, sustentáveis) incomportáveis. Alguns "cérebros" parecem achar que se se fizerem mais filhos há mais trabalhadores e logo isso se resolve... Pois, SE esses trabalhadores tivessem empregos tão bem pagos como os pais (aliás, isto de ter muitos filhos para trabalhar é uma mentalidade proletarii bacoca de século XIX...).
Não, o problema vai ser mesmo fazer os tais ajustes, nomeadamente menos valores ans reformas e menos comparticipações e menos oferta de cuidados de saúde... O que ninguém gosta.
Infelizmente, não é uma questão de gostar ou não. São factos.

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