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Tento não ter planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem...
Desde miúda que sou uma revolucionária, uma idealista, uma defensora dos direitos humanos (e dos animais!), da justiça e da igualdade.
Não estou a exagerar, lembro-me de chorar, ficar furiosa e fazer discursos inflamados, quando via telenovelas ou filmes que retratavam os tempos da escravatura, lembro-me de ter teorias sobre Religião, História e Sociedade desde que me lembro de pensar, de ler, de existir. E de fazer discursos escolares, muito entusiasmados.
Até hoje sempre defendi, acerrimamente, os meus ideais! Sempre! Mesmo quando sei que estou a aborrecer os que me rodeiam, o que é a maior parte das vezes.
Mas agora já não me apetece, já não tenho energia.
Cansei-me de me cruzar com dois tipos de pessoas*, as que têm ideais muito marados, muito egoístas e narcisistas ou as que, simplesmente, não se importam, até têm o coração no sitio certo, mas as injustiças do nosso mundo são a última das suas preocupações (elas tinham que lhes morder no rabo).
Vinte anos depois, já não me apetece fazer discursos inflamados...
Não desisti de contribuir, no que me for possível, para a mudança no nosso mundo mas desisti de lutas infrutíferas.
O mundo mudará, mas não à velocidade que eu desejo, a mudança será a ferros...
Talvez a minha mudança, o meu cansaço passe... quem sabe.
(Existem orgulhosas excepções...)
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