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Tento não ter planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem...
Apaixonei-me pelo Carnaval quando tinha 4 anos e a minha avó me fez o fato perfeito de espanhola, ela era costureira e o fato era mesmo perfeito, tal como o leque, a flor no cabelo e os lábios e as unhas vermelhas. Lembro-me muito vagamente de como me senti feliz mascarada de espanhola, com aquele vestido cheio de folhos e bolinhas vermelhas... tenho uma foto para relembrar.,,
A paixão aprofundou-se quando tinha uns 7 anos e descobri o samba. Como sou antiga, sou do tempo em que o canal 1 passava os desfiles na Marquês de Sapucaí, em directo. Durante anos ficava noite dentro com a minha avó (não a que fez o vestido) a ver aquelas mulheres lindas, meio despidas (ou totalmente), a sambar. A minha avó reclamava da falta de vergonha mas ficava, foi nessa altura que aprendi a sambar, em frente à televisão, sozinha.
A paixão esfriou um pouco no secundário, com a espuma de barbear, os balões de água e a baixa auto-estima.
Com a saída da adolescência a recaída pelo Carnaval foi forte, contrariamente ao Natal ou à Pascoa, o Carnaval tinha tudo a ver com a pessoa que desabrochou em mim depois da adolescência.
Carnaval é alegria esfuziante, entusiasmo, brincadeira, flirt e samba, é podermos ser por quatro dias actores e actrizes da nossa própria peça de teatro. Eu não sou sempre assim, mas é quando sou assim que sou feliz...
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