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Tento não ter planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem...
... e de pensar se me atiro ao rio ou corto os pulsos...
(Também tenho pensamentos mais homicidas, ocasionalmente, envolvendo coelhos...)
... alguém ir dar um mergulho, durante um furacão, para pôr o vídeo na net, ou se ir dar esse mergulho com algo que se assemelha a ceroulas.
Ficamos a saber que, além de idiota, a criatura usa roupa interior do século XIX.
... são aqueles momentos detestáveis que interrompem os programas que estamos a ver... mas há excepções... ai
... são o que movem a nossa vida, ajudam-nos a melhorar, fazem-nos sair da rotina e são aquilo que falamos quando comentamos a nossa vida, ninguém faz conversa a contar que se levantou todos os dias às 7h e fez exatamente o mesmo no trabalho, em familia, com os amigos e em tudo o resto.
Mas também são esses momentos que nos dão aquele friozinho na barriga, que nos causam ansiedade e medo de falhar. São bons quando os ultrapassamos e sentimos que vencemos mais uma etapa e aprendemos com ela mas são maus nos tempos que antecedem a hora H.
Estou nos tempos que antecedem a hora H...
... de 22 anos (chamo-lhe menina porque ela é tão docinha e pequenina que para mim é uma menina) que não tem apoio familiar, praticamente nenhum, tem só o namorado e a família deste (mas namoros acabam) e o avô que a deixa viver na sua muito velha e pequena casa mas que em mais nada a pode ajudar (a casa não é dele, logo, se ele falecer a renda para a jovem não será o valor que é para o avô).
Não consegue emprego a tempo inteiro, apesar do curso em fotografia, pensa imigrar mas, por enquanto, não tem como, falta dinheiro para passagens e para sobreviver noutro sitio, anda a juntar mas os 300 e tal euros que recebe por mês não lhe permitem grande mealheiro.
É uma pessoa que vive sem rede, se algo der para o torto cai e estatela-se no chão.
Está suspensa pelo país e pela terrível família que teve, a tentar equilibrar-se e não cair no abismo.
... fiquei com esta engasgada, por mais que queira não desce.
Veio alguém importante do nosso panorama relegioso (que não vou pesquisar o nome agora) dizer que as manifestações contra o governo não resolvem nada.
E eu gostava de lhe perguntar o que é que resolvem, de mais pálpavel, as manifestações em Fátima, é que essas os portugueses já fazem há mais tempo e o país chegou onde chegou na mesma.
Veja as coisas desta forma, Sr Que Não Me Apetece Pesquisar O Nome, uns têm fé em Nª Sra, outro têm esperança que a sua voz, se for forte, seja ouvida.
Formas de estar na vida e ambas merecem respeito.
Talvez o senhor não tenha dito a coisa por mal, mas coitado, a religião é coisa que me irrita, também não desce!
... e não percam tempo a ouvir comentadores políticos ou a vossa esperança porque este governo não cai!
E não cai principalmente por dois motivos.
O primeiro é que o PS não vai sair da toca. Eles sabem que este é um tempo de tiro ao político e que avançarem agora seria suicidio, por isso resolveram sacrificar o Seguro ao longo destes próximos anos para depois avançarem com um líder realmente forte, e este avanço parece-me que não será nas próximas legislativas mas sim nas seguintes.
O segundo é o Paulo Portas, cognome «O Entalado», que se encontra naquela situação bonita do «se correr o bicho pega, se ficar o bicho come», que traduzindo quer dizer que se sair do governo é acusado de prejudicar o país na sua imagem externa ao causar uma crise política em tudo semelhante às ocorridas na Grécia, e se ficar é destruído pelas decisões tomadas pelo governo, completamente contrárias a tudo o que ele sempre defendeu. De qualquer forma ele fica, porque a saída já seria muito tardia para salvar a sua imagem.
Este governo até pode voltar atrás em algumas coisas e ser relativamente maleável se o povo falar a uma só voz e por sua vez o povo será mais tolerante, mas chega ao fim da legislatura, na minha opinião.
... como se não bastasse a guerra total no território Sírio, porque não tentar provocar a Turquia para ver se eles entram na festa.
Às vezes penso como será viver num país em guerra e nem consigo conceber. Ter filhos para criar, estar à espera de bebé, ter uma doença grave, ter um filho com uma doença grave, ser deficiente, tudo isto continua a existir apesar da guerra, como é que se lida com isto?
Eu sei que o ser humano tem uma capacidade de adaptação notável mas não consigo imaginar, ter os piores problemas que se pode ter em paz mas num país em guerra ...
Eu tentei, a pedido de várias famílias, tentei chamar uma pessoa à realidade de que está a um passinho, muito pequeno, de perder o emprego, se não mudar de atitude.
Os processos disciplinares chegaram ao limite, mais um e é despedimento por justa causa.
Mas tenho quase a certeza que falei ao vento e que as minhas palavras foram com ele, para bem longe daquela cabeça oca.
Desisto.
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