E de repente, já nos 30...

... tem esta vista.

Eu respiro o mar e a areia, é algo que já nasceu comigo, não há nada no mundo que me dê tanta paz. Não imagino passar um ano sem passar o máximo de dias possível na praia.

Quando ouço as pessoas a descreverem supostas experiências de quase-morte em que sentem uma paz e alegria sem fim, penso sempre que deve ser algo semelhante ao que eu sinto quando estou no mar. É o sitio onde me sinto mais ligada à energia do Universo, a Deus. 

... que sou uma mulher de fé, incondicional em Jesus.

Mas não tenho... digamos que tenho uma fé limitada. Aguardo para perceber se os erros foram compreendidos ou se vamos continuar a bater nas mesmas teclas, numa teimosia incompreensível.

Mas, mesmo sendo mulher de pouca fé, estou sempre do lado do Glorioso .

... a conseguir escrever algo sobre o horror em Utoya.

Antes do dia de hoje só conseguiria escrever uma data de insultos cabeludos ao infeliz que cometeu este massacre. Mesmo assim, não resisto a referenciar a cobardia acrescida de ter cometido o massacre disfarçado de polícia, de modo a enganar as suas vítimas. Como se não fosse suficiente a cobardia de ir com uma metralhadora executar jovens desarmados e isolados numa ilha.

Apesar de ainda me sentir ferver sempre que penso nisto, o meu sentimento é semelhante ao que sinto quando sei que um bombista matou 100 no Iraque ou que, neste momento, uma criança tem 40% de hipóteses de morrer, na Somália, graças à seca e à inoperância do mundo mais desenvolvido (se calhar deixa de ser tão desenvolvido se enfrentar as secas dessa zona de África).

É que no final tudo se resume ao mesmo, tudo se resume ao desinteresse que a maior parte das pessoas tem relativamente às questões mais relevantes que assolam o nosso mundo, a não ser que uma dessas questões o atinja em cheio no focinho!

É preciso dar uma atenção extrema a fenómenos xenófobos ou racistas, surjam eles onde surgirem! Mesmo que surjam em países, supostamente tão evoluídos como a Noruega. E é preciso perceber que qualquer um de nós pode ser alvo de xenófobia e que as suas consequências são sempre terríveis, mesmo quando não são tão vísiveis como as deste caso.

É preciso não tolerar países que defendem ideais ou professam leis que vão contra todos os direitos humanos, o que não significa atacá-los à bomba, significa deixar claro, a nível diplomático e negocial, a nossa NÃO ACEITAÇÃO de tais leis ou acções. E isto tem que ser concertado a nível mundial e tem que ultrapassar as prioridades financeiras.

E é preciso não tolerar a fome, não tolerar que em tempos de tanta fartura, um bebé morra de FOME. Esteja esse bebé no país que estiver!

É preciso perceber que o nosso mundo é a nossa casa e que se olharmos, constantemente, para o lado, porque é muito mais divertido divagar sobre futebol ou venizes (coisa que também faço, de vez em quando), a casa fica inabitável.

Estou tão contentinha por ir estar 1 mês e meio sem ver uma certa pessoa do meu meio profissional, tão contentinha mas tão contentinha, que só me falta dar saltinhos, daqueles em que dobramos os joelhos, fechamos os punhos e erguemos os braços.

Agora é só aguardar dois diazinhos e... paz...

(Agora digam lá se as relações humanas não vos emocionam? Emocionam! Que eu sei! Vocês são pessoas sensíveis e tanto sentimento toca-vos lá mesmo no fundinho mais recôndito do vosso coração!)

... uma senhora, no Metro, dizia, a quem a companhava, que cada dia que passava era um dia menos.

No outro dia, enquanto aquecia o leite no microondas, e via os 40 segundos transformarem-se em 0, pensei o mesmo. Menos 40 segundos...

Pensei-o em jeito de constatação óbvia, mas de que raramente nos lembramos e não de forma melancólica. Simplesmente, menos 40 segundos, menos um dia...

... uma das pessoas mais maléovolas da galáxia.

A sério!

A sorte é que burra que dói.

O mal que ela deseja a qualquer ser que respire, a inveja sem limites que sente por tudo e por todos, a necessidade compulsiva de tentar colocar uns contra os outros e a incapacidade total de gostar, verdadeiramente, de alguém, é quase tão impressionante como a incapcidade que ela tem de disfarçar tudo isto.

É uma atitude completamente patológica. Escusado será dizer que é uma pessoa que, aos 60 anos, não tem ninguém, literalmente.

É que se juntarmos a todo o charme que já mencionei, uma hipocondria extrema! Extrema! Aquela mulher faz exames ou vai ao médico todos os dias! E uma mania da perseguição patológica, se falas com alguém mais baixo, estás a dizer mal dela e cuidado com o olhar, que esse também pode ser indicativo... nem sei bem de quê, só sei que se pode levar a uma descompostura que gira à volta do "eu bem vi como estavas a olhar para miim" . E como se isto não fossem qualidades suficientes, aquele fenómeno da humanidade não sabe falar, só sabe gritar.

E eu tenho que conviver profissionalmente, esporadicamente é certo,  com este ser .

E mesmo que eu escrevesse um post com o dobro do tamanho não conseguiria fazer-vos perceber, totalmente, a pérola que aquela mulher é. É que nem nas novelas conseguem caricatura tão perfeita.

Já lã vão 8 anos de contatos esporádicos e eu já deixei de lhe falar umas 20 vezes.

A mãe é que teve razão ao pôr-lhe nome de doença. E uma doença pouco grave mas chaaaata. Tal e qual.

... o Sudão foi dividido em dois!

Espero, sinceramente, que o norte árabe respeite a independência do sul cristão e que se tal não acontecer que a comunidade internacional aja, porque se antes não agiu porque era um problema interno de um país, agora seria um país a ameaçar a integridade de outro. (Claro que tal dúvida nem se colocaria se houvesse petrólio no Sudão do Sul.)

Talvez agora, finalmente, o horror termine e a esperança nasça.

Tal como nasceu o bebé Independência. O primeiro bebé Sul Sudanês, que esperemos, cresça num país diferente do dos seus pais. Um país pobre mas sem guerra e, finalmente, com um futuro.

... acham a Kate sem graça e que o William, como príncipe, podia ter arranjado melhor.

Não percebo! Eu acho a moça girissíma, super à-vontade e natural, com um ar divertido e feliz. E ainda por cima tem um bom gosto e uma elegância (e não estou a falar do peso) à prova de bala.

Há quem a compare à Diana mas eu não concordo nada, a Diana era calorosa e vistosa, mas tinha sempre aquele ar de «pobre de mim» e de infelicidade extrema.

Percebo perfeitamente que o William se tenha apaixonado por ela. De todas as princesas ela é a minha favorita, sem dúvida.

... que o meu chefe está a pensar em clonar-me... várias vezes. E a alguns dos meus colegas também, concerteza.

Isso explicaria muita coisa.

... essa qualidade tão esquiva, por vezes.

Conversa da vida real, num local de trabalho, algures no nosso belo país, à beira-mar plantado:

" - Estás a ser muito injusta! Estás a beneficiar pessoas que não merecem! Porque pensas que eu não gosto de ti mas estás enganada, há pessoas que gostam menos, são é hipócritas!

  - Se achas que te estou a prejudicar, vamos fazer as contas, desde o ínicio do ano, e vemos quem está a ser mais prejudicado.

  - Eu não tenho nada a ver com o que decides relativamente às minhas colegas, eu só quero saber é o que me fazes a mim! "

Pois claro, perfeitamente lógico.

(Irra! P&%a que pariu! Quando deixar de conviver com esta criatura, faço uma festa de arromba!)

Sendo eu uma pessoa altamente descontraída e distraída, nestas coisa das redes sociais, aceito amizade até do meu pior inimigo, se ele calhar a pedir-m amizade.

Sendo assim, este aniversário foi pródigo em receber os parabéns de people que no fundo, no fundo, não faço puto de ideia quem sejam.

Mais lindo ainda foi receber os parabéns de colegas, com quem troquei duas palavras em 4 anos e nem sei o nome, porque eles viram no Facebook que era o meu aniversário.

E mais estranho de tudo foi receber mensagens privadas de pessoas que nunca vi na vida!

Não estou adaptada aos tempos actuais, está provado...

Agora vou ter que estar atenta para ver quando é que esta gente toda faz anos... ou não...

É que cerca de 60 milhões de lucro em época de crise é bem bom. Deus é milionário, não sei como é que anda a inflação no paraíso, mas acho que ele e os santinhos não têm razões para preocupações.

Até podem fazer alguma caridade com uma conta tão choruda. Fazer uns donativos aos mais pobres e desprotegidos lá dos céus. Ou mesmo do inferno, quiça.

Nãp sei porquê mas penso mais no sofrimento da mãe do Angélico do que na sua própria morte (que lamento, obviamente).

Talvez tenha a ver com as minhas crenças espirituais, não sei.

Mas tenho muita compaixão pela mãe dele, tenho sempre mais compaixão pelos que ficam, pelos que tem de continuar sempre na dúvida se acabou para sempre ou se haverá um reencontro. Na dúvida se aquela vida tão amada terminou, irremediavelmente, ou se continuará de outra forma.

E ter que ver um caixão, descer à terra, com os restos mortais de alguém que foi o nosso bebé, o nosso amor maior, deve ser uma das dores mais terrívisl que um ser humano pode viver, senão a maior.

Sinto muito por todas as mães que passam por isto.