Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tento não ter planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem...
... com as pessoas que, quando damos a mão, nos levam o braço todo, é que passo a só dar a ponta do dedo e é na base do toca e foge.
Numa praia portuguesa, várias pessoas lutam para se manterem à tona de água enquanto gritam por socorro.
No areal uma multidão observa e um grupo de salva-vidas discute.
Salva-vidas-1 - A culpa é tua Salva-vidas-2!! Eu bem te disse que devias ter mudado a bandeira para vermelho!!!
Salva-vidas-2 - Eu ia mudar! Mas tu quiseste substituir-me mais cedo e no entretanto...
Salva-vidas-1 - Eu queria substituir-te para mudar a bandeira para vermelho!! Cor que ela já devia terhá muito tempo.
Salva-vidas-3 - Vá lá, vá lá, entendam-se! Olhem que eles estão a afogar-se!
Salva-vidas-4 - Eu bem digo que toda a gente devia saber nadar! Deviamos ensinar toda a gente a nadar e assim estas coisas já não aconteciam!
Salva-vidas-5 - Qual quê?! Devia era ser proíbido pessoas que não sabem nadar entrarem no mar. Assim já não se afogavam.
Salva-vidas-6 - A culpa é da tempestade que se aproxima. Mudou as correntes muito rápido e não estávamos preparados.
Entretanto as pessoas afogaram-se...
(Qualquer semelhança com o que se passa neste país é pura coincidência.)
... no Hospital de Sta Maria.
Tudo começa com uma intervenção cirúrgica, simples e com anestesia local, e acaba com uma operação, com anestesia geral e internamento.
Problema: como a decisão de administrar anestesia geral foi durante a intervenção (já que a local não estava a funcionar), a mãe da Sayuri não teve possibilidades de avisar a familia da mudança de planos.
E foi assim que a piquena Sayuri esteve, desde o final da tarde de ontem até ao fim da manhã de hoje, a tentar descobrir o que era feito da sua mãe.
Foi uma missão díficil, o território era vasto e labirintico e as informações vagas e transmitidas entre-dentes, mas esta heroína é persistente e no final da noite descobriu que a operação tinha corrido bem e a localização da sua mãe (apelou ao sentimento e pestanejou, resulta sempre!).
No dia seguinte realizou o resgate. Foi novamente uma missão árdua, os habitantes daquele território inóspito acham que toda a gente conhece o seu domínio e está por dentro dos seu hábiotos e costumes, mas encontrei-a. Sã e salva e pronta para regressar a casa.
Pelo meio tive que fazer o meu ar - estou a olhar para si, com um ar impávido e sereno, mas estou a insultar a sua mãe mentalmente - a uma habitante (ser que se encontrava numa secretária e que não olhava para quem estava a falar - pensei eu) que quase me atacou porque me disse para eu ir falar com a burguesia do sitio (enfermeiros) e me apanhou a falar com um nobre (médico) que se dirigiu a mim, devido ao meu ar ligeiramente confuso.
Tive que me segurar para não responder à mulherzinha, quando me gritou: Eu disse-lhe para falar com os enfermeiros!!! Não era com o médico!!
Bitch!!!
Mas como sou uma gaja sortuda, o médico era uma simpatia (e giraço) e, pasmem, tinha sido o que tinha operado a minha mãe e, sendo assim, continuei a falar com ele, sob o olhar crepitante da abécula. Até demorei mais um bocadinho, só por causa das coisas.
Enfim, resumindo e concluindo, correu tudo bem, os médicos e enfermeiros foram impecáveis, tanto comigo como com a minha mãe.
O pessoal que anda para lá, atrás de secretarias, é que não bate lá muito bem. Ou calharam-me os piorzinhos.
Ah, os seguranças também são porreirinhos :)
Não sei se o facto de eu nunca ter tido um plano delineado de vida, um conjunto de desejos e um ou dois grandes sonhos a concretizar, é algo bom ou mau na minha vida.
Eu tenho objectivos, sou uma pessoa que aprecia o bom da vida e que tem muitos momentos de entusiasmo e de alegria e, alguns, vislumbres de felicidade, sei a pessoa que me quero tornar ou redescobrir e tenho um grande interesse pelo desenvolvimento da nossa sociedade e do ser humano (sempre tive, nasceu comigo).
E a verdade é que se não sentisse que a sociedade me cobra certas coisas diariamente, não seria o não seguir certos rumos esperados que me afligiria e não seria issso, de todo, que me traria momentos de infelicidade.
Sempre fui a ovelha fora do rebanho, o leão solitário e isso não me incomoda, mas incomoda muita gente que depois me vem incomodar a mim.
E por tudo isto, qualquer dia arranjo uma t-shirt a dizer:
... que vou passar o meu dia de trabalho com a minha mais amada colega, dá-me vontade de bater com a cabeça na parede.
God, why me?
... só descobrimos a nossa verdadeira força e só mudamos e nos tornamos melhores, quando a vida nos obriga. E olhem que ela não pode seixar nem uma brecha de oportunidade, senão fazemos o que sempre fizemos e não mudamos nem um bocadinho. Ela tem de ser mesmo dura! Impiedosa, mesmo.
Acredito que o mesmo se aplica às nações e aos povos. Mas só o futuro o dirá, só então saberemos se a crise vai ser profunda o suficiente para nos mudar ou se tentamos escapar, continuar igual, e mergulhar numa crise muito pior daqu a umas décadas.
E o problema é esse.
Trabalha-se mais em Portugal do que na maior parte da Europa, o problema é que não se trabalha bem, é que a produtividade é mínima e a competência duvidosa.
E porque é que é assim?
Não me venham falar em ordenados (que mais que ninguém acho que deveriam ser muito mais justos e com mínimos muito mais elevados) porque, ao longo de 12 anos no mercado de trabalho, já vi gente com ordenados muito bons a trabalhar muito menos e com menos competência(avaliando em produtividade e não em horas, claro) do que gente com ordenados míseros.
O problema está na mentalidade, na falta de compreensão geral que o sucesso do local onde trabalham é o seu próprio sucesso e a melhor forma de preservarem o seu emprego e quicá, evoluir. E que, por sua vez, a produtividade geral das empresas e serviços em Portugal é a única forma de assegurar o sucesso financeiro do país, o que beneficiará todos.
O problema é que os trabalhadores são inimigos da sua própria empresa e vice-versa, é que não se faz mais nas muitas horas que se trabalha porque corre-se o risco de aumentarem as tarefas (se fazes 5 coisas numa hora, a seguir pedem-te para fazer 6, nã pode ser!), é que cada um tenta safar-se passando por cima de quem for preciso, é que todos só vêem as obrigações do estado e nunca as suas próprias obrigações...
Enfim, não adianta estarem as 8 horas no local de trabalho, ou mais, para fazerem o que alguém empenhado faria em 4 horas e com mais qualidade.
Há quem me ache injusta ou demasiado exigente mas é isto que eu vivo e vivi em todos os sitios onde trabalhei. Às vezes quase que tenho que pedir desculpa (literalmente!) por trabalhar as 8 horas e não parar para falar do cão e do gato e das férias e da cor do verniz e do resultado do jogo e do árbrito e da queda de cabelo da mãe e da varicela do filho e dos peitorais do moço da serie do momento e para vender empadas (private joke). Não parar para falar da chuva e da falta dela, não quer dizer que passe o dia sem falar, quer dizer que não páro de trabalhar para falar, se estiver a fazer algo que me permita falar ao mesmo tempo, falo.
A minha preocupação com o funcionamento geral da «coisa» também causa muita urticária e muita confusão.
Já me dispersei do tema principal, mas acho que me fiz entender, mais tempo não é equivalente a maior quantidade e qualidade.
... mas no que respeita a seres que sujam, propositadamente, as suas celas, juro que os deixava no meio da merda!
Independentemente da justiça ou não da sua detenção, as pessoas que limpam aquilo é que não têm culpa nenhuma, de certeza.
É claro que não abusos assim ao nível da tortura, mas uns tabefes não lhes fazem mal nenhum.
«... da Merkel, do Sarkozy e do Berlusconni?»
«O pior possível.»
Mário Soares
Já somos dois...
... a diferença é que eu penso exactamente o mesmo do Sócrates, o pior.
(A questão é se será mesmo a diferença... )
... que quase pareceu Verão nestes dias.
Adoro o calor, mas esta fase de adaptação de vestuário é-me meio complicada, ando sempre vestida a mais ou a menos e a considerar-me com o aspecto de lula (branco mais branco não há), quando ando menos vestida.
Só me adapto lá para finais de Maio... depois de uns dias de praia.
... da nossa própria estupidez e idiotice, que cavou o buraco mais fundo possível para enterrar o país.
E como quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, vamos lá preparar-nos para pagar.
Tendo em conta os resultados na Grécia e na Irlanda, sinto-me muito animada... not...
Mais feliz, só se fosse funcionária pública, aí 'tava aos saltinhos.
(A incompetência por, preguiça e burrice, enerva-me tanto...ai,ai...)
Será possível ter-me queimado na cara por ter estado ao sol, enquanto corria meia-hora, às 7 da tarde, em Abril?!!
É que sinto mesmo calor e estou vermelhita!
Adele... tudo de bom, adoro!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.