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Tento não ter planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem...
... foi um pouco mal interpretado. Talvez tal tenha sucedido porque eu fui muito pouco clara e ainda cometi um erro de semântica.
Eu adoro o Japão! Adoro a cultura Japonesa e costumo dizer aos meus amigos que, numa vida passada, vivi lá e fui samurai, tal é o meu fascínio!
Acho que a reacção da população japonesa, a esta tragédia, é extraordinária e que a preparação, das estruturas do país, para resistir a estes fenómenos, fantástical.
Mas a minha questão é exactamente essa! Se um país tão cuidadoso não consegue proteger reactores nucleares de terramotos fortíssimos, o que diremos do resto do mundo, que também os tem? Não estou a condenar o Japão, mas todo o mundo.
O que me leva a outra questão, que é se devemos ter este tipo de estruturas mortiferas, enquanto não as conseguirmos controlar?
E para os que dizem que é o preço do avanço da ciência, eu pergunto se não será melhor avançar mais lentamente, ser menos arrogante e perceber que avançar não é compatível com a destruição do nosso planeta?
Nós não podemos impedir o nosso planeta de produzir terramotos, nove na escala de Ritcher ou ainda mais fortes, mas podemos escolher não construir (ou desactivar) estruturas que, em caso de atingidas por tais terramotos, são mortíferas para a vida.
Se este acidente nuclear não tivesse ocorrido, o Japão recuperaria com uma facilidade muito maior do que qualquer outro país do mundo mas assim vai ter repercussões ambientais, financeiras e humanas muito maiores.
Se isto fosse um filme, e estivessemos a ver um enredo deste género, estaríamos a pensar, como é que é possível esta gente brincar com algo tão perigoso e que não consegue controlar?
Enfim... Entretanto estamos todos muito felizes por vivermos tão longe do Japão, não estamos?
(Em Espanha existem uns oito reactores nucleares , um deles mesmo pertinho da nossa fronteira.)
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