Quinta-feira, 29.03.12
... que me expliquem a diferença entre o filho da puta do Bashar al-Assad e o filho da puta do Kadhafi. Era uma perguntinha que eu gostava de fazer ao Obama, aos líderes europeus (especialmente ao francês), ao Putin (que tão ferozmente se opõe a qualquer ação contra o governo Sirio), gostava, juro que que gostava.
As autoridades sírias estão a recorrer «sistematicamente» e «deliberadamente» à detenção e tortura de crianças, alertou Navi Pillay, Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, em entrevista à BBC. Cenário dramático que, segundo Pillay, podia ser travado apenas com uma palavra de ordem de Bashar al-Assad. O cenário descrito por Pillay é «horrendo»: «Crianças alvejadas nos joelhos, mantidas presas com os adultos em condições absolutamente desumanas, sem cuidados médicos, ou mantidas como reféns para servirem como fontes de informação». Mostrando-se preocupada com as centenas de crianças torturadas nas mãos do regime, a Comissária afirmou que Assad terá de responder na Justiça pelos abusos das suas tropas: «Há provas suficientes que mostram que muitos destes actos são cometidos pelas forças de segurança e que a grande maioria age com a aprovação e cumplicidade do topo do governo». Provas que lhe permitem acreditar que o Conselho de Segurança da ONU já possui informações suficientes para levar a Síria ao Tribunal Penal Internacional. Para a presidente do departamento dos Direitos Humanos da ONU, bastaria uma palavra de Assad para as mortes e as torturas pararem de vez.
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